Vai Passar
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
A letra da música Vai Passar do cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, foi escrita em meados da década de 80, num período conturbado da história brasileira que foi o fim da ditadura militar.
A obra pode ser associada especialmente aos seguintes autores debatidos em sala, sendo eles: Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Júnior, Joaquim Nabuco.
A letra faz uma crítica veemente ao Estado e ao período colonial brasileiro. Faz um enredo sobre a história do Brasil desde tal período com o “descobrimento” do Brasil até a ditadura militar em 1984.
Analisando trechos da letra, especificamente nos trechos: “Que aqui sangraram pelos nossos pés, que aqui sambaram nossos ancestrais, num tempo página infeliz da nossa história...” é perceptível que o cantor faz uma referência ao período da escravidão vivenciada no Brasil, no qual narram os autores citados, especialmente Caio Prado Júnior e Joaquim Nabuco que fazem um retrospecto ao período colonial brasileiro, tal página infeliz, como expõe a música seria o período da escravidão, com a exploração da mão-de-obra escrava pelos portugueses. Na parte da música: “levavam pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais” pode se referir a imposição ao negro de uma cultura não vivenciada por eles, sendo imposta pelos portugueses. Joaquim Nabuco analisou que em nossa sociedade “O negro construiu um país para outros; o negro construiu um país para brancos”. Mas, ”um dia, afinal, tinham direito a uma alegria fugaz, uma ofegante epidemia que se chamava carnaval”. O samba pode ser considerada a representação da cultura negra, uma expressão artística, o estilo musical dessa categoria marginalizada.
Na parte da música: “palmas pra ala dos barões famintos, o bloco do napoleões retintos e os pigmeus do boulevard” demonstra uma crítica aos colonos, a elite portuguesa e quem mantinha o poder na época. Assim, a letra da música se mescla entre o período colonial brasileiro e com o período de opressão da ditadura militar, A liberdade obtida tanto pela alforria da escravatura quanto pelo período pós-ditadura, como exposto no seguinte trecho da música: “Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar a evolução da liberdade até o dia clarear”. “Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações”. Caio Prado, assim como os outros autores citados relatam a relação de exploração de Portugal e Inglaterra, onde quem, literalmente, pagou os prejuízos da dívida portuguesa foi o Brasil.
O autor Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil aborda aspectos centrais da história da cultura brasileira que estão intrinsecas a letra da musica citada, haja vista, sobretudo, a importância do legado cultural da colonização portuguesa do Brasil, junto com "Casa-Grande & Senzala", de Gilberto Freire e "Formação do Brasil Contemporâneo”, de Caio Prado Jr. são obras consideradas excêntricas para a compreensão da verdadeira história do processo de formação da sociedade até os nossos dias atuais.
WÉLLIA PIMENTEL SANTOS
Pertinentíssimo essa abordagem, pois Chico quis dizer exatamente isso, mas sempre traçando um paralelo com a situação histórica de então na qual a escravidão e exploração do negro é um tipo ou figura metafórica da relação do povo brasileiro com a ditadura militar. Assim como o escravo africano e seus descendentes só encontravam liberdade durante o carnaval, o mesmo ocorria com o Brasil entre 1964 e 1985, período em que os militares cercearam a liberdade individual e coletiva.
ResponderExcluir...ainda hj é assim....só mudou a forma de ver, hj chamamos de massa de manobra, e não é que eles se acostumaram a isso e até são felizes assim?
Excluira tão aclamada ''democraciaracial''
ExcluirO PT é o lado obscuro da Lua?
ExcluirO PT é um partido bregaço, Kitsch político, atrasado, com cabeça no século XX. Baranguérrimo; hiper defasado. Cafonérrimo. Só atura isso, quem é atrasado.
O PT sempre (ou melhor: já durante um bom tempo e bem longo) viveu de clichês publicitários, apenas e nada mais. O PT é de uma pobreza enorme sem os clichês e frasezinhas. . A entrevista não foi diferente. Ao estilo de:
“Muito engana-me, que eu compro”
Nós todos apreciamos consumir alguma coisa, com certa constância. Então isso é bom.
Eis:
Vive o PT© de clichês publicitários bem elaborados por marqueteiros.
Nada espontâneo.
Mas apenas um frio slogan (tal qual “Danoninho© Vale por Um Bifinho”/Ou: “Fiat® Touro: Brutalmente Lindo”). Não tem nada a ver com um projeto de Nação.
Eis aqui a superficialidade do PETISMO:
0.“Coração Valente©”
1.“Pátria Educadora™” [Buá; Buá; Buá].
2.“Haddad agora é verde-amarelo®” [rsrsrs].
3.“A Copa das Copas ®”
4.“Fica Querida©”
5.“Impeachment Sem Crime é Golpe™” [lol lol lol]
6. "Pronatec©, transformando a Vida de Milhões de brasileiros ™"[kkk].
7.“Foi Golpe™”
8.“Fora Temer©”
9.“Ocupa Tudo®”
10.“Lula Livre®”
11.“®eleição sem Lula é fraude” [kuá!, kuá!, kuá!].
12.“O Brasil Feliz de Novo ™”
13.“Lula é Haddad Haddad é Lula®” [kkkk]
14.“Ele não®”.
15.“Controle social da mídia” (hi! hi! hi!): desejo do petismo.
16.“LUZ PARA TODOS™” (KKKKK).
17. (…e agora…):
“Ninguém Solta a Mão de Ninguém ©”
18.
“SKOL®: a Cerveja que desce RedondO”.
PT© é vigarista e
é Ersatz.
PT Vive de ótimos e CALCULADOS mitos publicitários.
É o tal de: “me engana que eu compro”.
Produtos disfarçados, embalagens mascaradas e rótulos mentirosos. PT!
Saúde! Alta-Cultura! Segurança! Educação!
O que você tem a dizer sobre a letra da música, Polistyca?
Excluirentendeu tudo da letra, foi buscar o PT la no inicio da historia do Brasil, ta sabendo muito você. kkkkkkkk
ExcluirFamosa dissociação mental hahahha
ExcluirVenho do futuro que agora é o presente para dizer que preferia os marqueteiros do PT, mas enfim nada a aderir a musica
ExcluirÓtima música e análise, pena que hoje autores retratam em suas canções a real situação do nosso país.
ResponderExcluirObrigada, muito bom!
ResponderExcluirA meu ver um bom esclarecimento da nossa história, também tão distraída, cantado em prosa pelo Chico.
ResponderExcluirNao poderia ser mais atual, com tantas tenebrosas transacoes, como Pasadena, Abreu e Lima, porto em Cuba, estadios...
ResponderExcluir"Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações"
1+1=2(?); a+m+o+r=amor, pra alguns é ódio! ou burrice!
ExcluirAinda dorme distraidamente a nossa pátria mãe....
ResponderExcluirEssa musica parece que foi escrita hoje....vendo os fatos ocorridos no Brasil. De repente nada mudou........
ResponderExcluirApesar do tempo decorrido desde sua composição, continua sendo extremamente relevante. Excelente análise!
ResponderExcluirApesar do tempo decorrido desde sua composição, continua sendo extremamente relevante. Excelente análise!
ResponderExcluirTão atual esta composição. Só nos resta saber como vamos passar este estandarte e nos libertar desta escravidão.Nosso país tornou-se o próprio SANATÓRIO GERAL. Vivemos a epidemia da loucura pelo poder desta gente quem tem sede de poder eterno.
ResponderExcluirQuer dizer que o Chico Buarque era também, Vidente ou profeta ?
ResponderExcluir---------------------------------------------------------------
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
-------------------------------------------------------------------
Ele Sabia que o PT Viria ...
Estou vindo do futuro pra dizer que o problema não era só o PT, não é mesmo?
ExcluirSerá que você evoluiu e aprendeu isso, ou ainda tá nessa paranóia?
👏
ExcluirVocês nem pra entender Chico Buarque servem? Quem está surrupiando nosso Brasil, é o dinheiro internacional comprando os bandidos brasileiros psdbostas, que querem entregar o pre sal. ACORDA.
ResponderExcluirTriste!...entregaram ...
ExcluirVocês nem pra entender Chico Buarque servem? Quem está surrupiando nosso Brasil, é o dinheiro internacional comprando os bandidos brasileiros psdbostas, que querem entregar o pre sal. ACORDA.
ResponderExcluirInteressante porque não concordo com essa análise da letra toda para o tempo da colonia. Ali sim se encaixam:
ResponderExcluirAo lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Mas para o resto, "a página infeliz da nossa história", e tudo que segue é a época da ditadura de '64, o exílio:
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E as negociatas que se fizeram durante a ditadura:
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
E por fim a volta dos exilados numa festa de carnaval:
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Essa é a minha opinião. Com a palavra final o autor da Letra dessa obra prima.
Bem melhor, do que situar a letra na época colonial. A moça não entendeu a letra da música. Análise totalmente anacrônica, equivocada mesmo. Grosseiramente equivocada.
ExcluirBem melhor, do que situar a letra na época colonial. A moça não entendeu a letra da música. Análise totalmente anacrônica, equivocada mesmo. Grosseiramente equivocada.
ExcluirTu Estás errada
ExcluirÉ exatamente isso!
ExcluirSOCORRO CHICO,CAETANO,GIL, SULLIVAN,ERASMO,PAULINHO,MARTINHO,BOSCO O
ResponderExcluirJOAÕ NOS ACUDAÕ DÉSTAS ANITAS-LUDIMILA E DÉSTA INVENÇAÕ MC. QUE AS EMISSORAS DE BAIXO NIVEL CULTURAL TOCOM .
hdwiaodjasiodj é só não ouvir, autores bons não faltam, mas se quiser algo mais MPB tem Tiago iorc, zimbra entre outros só da uma cavadinha, afinal a mídia (TV) não é tão relevante quanto a internet onde "os próprios usuários decidem o que será relevante" provando que a maioria prefere o puro entretenimento o que é ruim, mas é a realidade.
ExcluirAlgo bem atual!
ResponderExcluirAlgo bem atual!
ResponderExcluirletra maravilhosa do poeta! Ouso acrescentar que sua metáfora faz referência tanto aos dias atuais quanto ao período da ditadura militar e, sobretudo, ao acordo chamado Tratado de Methuen (o tratado do "pano e vinho"), que engendrou a dívida impagável do Império Português com a Inglaterra. Pra conseguir equilibrar o orçamento, o Império aumentou vertiginosamente os impostos sobre a produção de café e cana no Brasil, por consequência disto o tráfico de escravos também aumentou muito nessa época. Como eles exigiam a conversão religiosa de todos os estrangeiros que viessem para o Brasil, foi necessário construir mais catedrais. Em todo esse contexto, penso eu, é que se coadunam os versos "tenebrosas transações" e "erguendo estranhas catedrais".
ResponderExcluirvaleu por acrescentar essa análise, amigo; enriqueceu muito minha interpretação da canção (que é até bem diferente da autora do texto, tendo uns poucos pontos comuns).
ExcluirNada a ver. Que bobagem. "Seus filhos erravam cegos pelo continente" refere-se explicitamente aos exilados do golpe de 64 e da ditadura militar, que estava em seu fim durante a gravação de "Vai Passar"...
ExcluirSobre o termo "estranhas catedrais", valeria perguntar diretamente ao próprio Chico Buarque, porém há um livro pela Editora da UFF cujo título já sugere muito: 'Estranhas Catedrais – As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-Militar, 1964-1988', de Pedro Henrique Pedreira Campos
ExcluirObservando os acontecimentos hodiernos do Brasil e do mundo, eu fico imanginando: Quando será que tudo isso VAI PASSAR?
ResponderExcluirCom o devido respeito, ouso discordar. Fiz uma leitura mais contemporânea à data da criação da música, do que com o período colonial. Se há referência ao período colonial, é apenas para denunciar implicitamente o período pós ditadura.
ResponderExcluirPra mim Chico faz uma retrospectiva ao Brasil colonial e chega no período da ditadura dizendo q nada mudou. Fomos roubados, escravizados, por países estrangeiros, pagamos contas q nao eram.nossas. e como é de uma intelencia fora do comum, colocou td isso de forma sutil numa cançao fantástica, trazendo nossa Historia ate os dias de hoje. Infelizmente nada mudou.
ResponderExcluirInfelizmente o que a canção retrata é que essa agonia nunca vai acabar. Nossos sonhos sendo extraviados por crápulas ordinários que nos roubam expectativas positivas que nunca acontecerá. Vivemos um pesadelo sem fim.
ResponderExcluirEu vejo aqui que certas pessoas não conseguem entender as interpretações da músicas de Chico Buarque de Holanda.Com tantas informações que existem, aqui, mas as pessoas não procuram se informar melhor.Na época era muito difícil interpretar essa música, devido a faltar de informações.Mas pelo jeito a juventude atual não gosta de lê nada sobre o acontece em nosso Brasil.
ResponderExcluirNum tempo página infeliz da nossa história,
ResponderExcluirpassagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
NOSSA PARECE QUE FOI ESCRITO PENSANDO NA ADMINISTRAÇÃO PETISTA NO BRASIL
O problema dos idiotas é que eles são muitos =/https://letrasehumanidades2011.blogspot.com/logout?d=https://www.blogger.com/logout-redirect.g?blogID%3D4990249689921930736%26postID%3D2200344414946093117
ExcluirNão, refere-se à ditadura empresarial-militar assassina e corrupta mesmo. Não se investigava, só se alienava. Coroa Brastel, Capemi, Projeto Jari, Petropaulo são apenas alguns casos de corrupção escabrosa naquele período em que o dinheiro dos contribuintes servia também como verba pública para bandidos torturarem e matarem quem realmente estava do lado da pátria e do povo, num período de "Guerra Fria".
ExcluirFalou tudo meu amigo..a nossa querida Pátria sem perceber tá ficando sem nada mesmo..ladrões corruptos do Pt
ResponderExcluirTá ficando sem nada com a direitalha privatista, desmatadora, anti-povo, Bolsonaro e companhia... Qualquer índice científico mostrará as conquistas sociais sob os governos federais do PT, que deveriam ter sido ainda mais radicais para varrer do país e do mundo burgueses e pequeno-burgueses mimizentos e imundos.
ExcluirNa verdade quem viveu a ditadura sabe com certeza que "seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes, erguendo estranhas catedrais" era uma alusão direta aos banidos e exilados que erravam pelo continente , do Chile à Argentina ao Uruguai, de embaixada e embaixada enquanto os governos democráticos viravam ditaduras militares. Dê um pulo no Youtube e ouça Vera Sílvia Magalhães, está lá o que você não percebeu na letra de 84, às vésperas das diretas.
ResponderExcluirExato. Isso é explícito para qualquer interpretação de texto decente.
ExcluirUma tragédia que Chico percebeu tão bem, e que infelizmente está se repetindo. Até na construção das "estranhas catedrais" de pastores pentecostais fanáticos por dinheiro, e que se prestam de forma pouco cristã a iludir e enganar os fiéis evangélicos, usando para isto as mentiras de um mito que mente muito. O autoritarismo de um presidente que odeia cultura e educação está forçando o Brasil a retroceder a um tempo obscuro. Bolsonaro se ajoelha de forma servil a um governo estrangeiro. Sem qualquer autonomia, ele faz tudo que o mestre americano mandar, batendo continência para uma bandeira que não é a nossa. Mas, como Chico diz, esse tempo vai passar. E esta infeliz página da nossa história vai cair na espiral do silêncio. Bolsonaro vai ser esquecido. Ou melhor, denegrido pela HIstória. Deus abençoe nosso Chico Buarque. Que ele continue inspirado e inspirando a gente a ter um pensamento crítico.
ResponderExcluirDEPLORÁVEL essa análise. Foi proposital só para fazer propaganda de três obras e de três autores COMUNISTAS. #AbaixoComunismo
ResponderExcluirDoente!
ExcluirDiscuta, então. Enriqueça a análise.
ExcluirEu sempre achei que a parte "aí que vida boa olere,aí que vida boa olara...o estandarte do sanatório geral vai passar" fosse uma crítica irônica sobre um país com tantos problemas políticos que esquece tudo por festa e futebol.
ResponderExcluirEm 1984, na 7a série do 1º grau a professora de Língua Portuguesa nos passou trabalho para fazer a interpretação dessa música...e nem tinha terminado o governo militar...que risco corriamos criticando o sistema
ResponderExcluirEsse paralelo entre dominantes e dominados nunca finda. Ganha formatos novos. E quem tenta barrar é perseguido pelo golpe, outro que ganha novos formatos
ResponderExcluircomo acontece nos tempos atuais,as escolas de samba fazem criticas ao que esta se passando com o pais no momento.
ResponderExcluirDai,os blocos dos barões famintos, dos napoleões retintos,dos pigmeus do bulevar, e um dia afinal tinham direito a uma alegria fugas (os compositores)levavam para a avenida com seus blocos.
"Seus filhos erravam cegos pelo continente" não se refere aos negros escravizados, mas aos exilados da ditadura militar. Acorda, gente. Quanta interpretação de texto que incorre nesse erro!
ResponderExcluirQto erro incorre nessa interpretação, vc quis dizer?
ExcluirSobre o termo "estranhas catedrais", valeria perguntar diretamente ao próprio Chico Buarque, porém há um livro pela Editora da UFF cujo título já sugere muito: 'Estranhas Catedrais – As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-Militar, 1964-1988', de Pedro Henrique Pedreira Campos.
ResponderExcluir